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terça-feira, 19 de agosto de 2014

REFLEXÃO - O ATO DE FÉ DE ALGUMAS IDEIAS: O ANARCOCAPITALISMO

Postado por soulsurfer às 10:48 Marcadores: Reflexões
               Olá, colegas! Hoje abordo um tema um pouco diferente.  A maioria deve ter conhecimento do IMB (Instituto Mises Brasil). É possível ler inúmeros artigos lá sobre os mais variados temas, mas a tônica geralmente é a mesma: o Estado é um mal e todos os serviços fornecidos por esse ente só são possíveis mediante a violência da expropriação de bens privados mediante o pagamento de impostos. Pois bem.

            Eu gosto muito de alguns artigos do IMB, principalmente aqueles feitos por um Senhor chamado Leandro quando ele aborda problemas econômicos atuais do Brasil.  Posso não concordar com algumas coisas, mas é muito interessante ver as análises econômicas dele, sempre muito bem embasadas.  Porém, esse final de semana fiquei sabendo de um conceito, para mim completamente novo, chamado anarcocapitalismo. Há dezenas de artigos lá sobre o tema (http://www.mises.org.br/Subject.aspx?id=16) e eu li alguns deles.

            A ideia básica é que não é possível uma sociedade realmente livre, próspera e eficiente quando há Estado, já que não há absolutamente nenhum serviço que não possa ser prestado pela iniciativa privada. Há muitos pontos para se abordar nessa ideia, mas a primeira questão que vem à tona e a segurança e a manutenção da ordem como fica? Não iríamos descambar para o caos completo, na “guerra de todos contra todos” prevista pelo filósofo político Hobbes? Não, segundo os defensores dessa ideia.

            Nos diversos artigos constantes no site sobre o tema há inúmeros motivos, racionais segundo os defensores, para que não haja nem mesmo a necessidade de uma segurança pública. Na parte de comentários, todas as críticas geralmente são respondidas com citações de outros artigos, entrando-se assim numa espiral de citações de artigos do próprio site.

            Entes privados de segurança não poderiam se tornar completamente ímpios e tirânicos? A resposta  fornecida, que não é bem uma resposta, mas o Estado já não o é? Ou geralmente, a resposta é de que se isso ocorresse o mercado se auto-regularia, e uma determinada entidade privada de segurança que não agisse em respeito a direitos naturais (só essa proposição de direitos naturais já é deveras complexa), basicamente o direito de propriedade,  seria excluída pelo mercado, pois ninguém iria querer mais os serviços dessa hipotética instituição privada.

            Quem iria estabelecer os limites do que é certo ou errado numa disputa entre dois entes privados? Os seus exércitos particulares ou arbitradores privados? Quem iria garantir a lisura desses arbitradores ou que o mais poderoso não fosse beneficiado? A essas perguntas geralmente a resposta é a mesma: e o Estado garante que o mais poderoso não prevaleça? Assim, fica-se como um cão perseguindo o próprio rabo, como esse argumento deste artigo (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1540) :

“E ainda assim há aqueles que alertam para o iminente apocalipse caso o estado desapareça.  A maioria das pessoas que acreditam em um governo limitado ("minarquistas") nutre essa ideia.  Mesmo grandes pensadores como Ludwig von Mises e Henry Hazlitt acreditavam nisso.  Todos eles aceitavam alguma versão do pesadelo imaginado por Thomas Hobbes: na ausência do estado, a vida seria sórdida, solitária, bestial e curta.  Mas o fato é que ele escreveu isso durante uma época de turbulência política, uma época em que tribos religiosas guerreavam para controlar o estado.  A vida sem o estado teria sido exatamente daquela maneira — mas exatamente por causa da presença do estado que todos queriam controlar, e não por sua ausência.”

            Assim, o homem há 400 anos atrás se digladiava, divididos em facções religiosas numa época de turbulência política, o que pelo teor do argumento parece não ser mais o caso atualmente (Iraque, Síria, Sudão, Congo, Venezuela, Ucrânia, Irã, etc que o digam), e que essas lutas se davam para tomar o controle do Estado, mas se o Estado inexistisse talvez esses conflitos humanos não existissem. É, talvez.

            Há algum exemplo histórico de que isso já tenha ocorrido com a humanidade? Pensadores iriam dizer: sim, claro que há, e eles eram sociedades degeneradas e foi por isso que o Estado surgiu, pois os humanos, a partir de um determinado adensamento populacional, simplesmente não conseguiam resolver as suas disputas sem degenerar para a violência extrema sem a presença de um terceiro com autoridade para arbitrar o conflito.

            Sim, Soulsurfer, mas atualmente há algum exemplo? Eu não conheço. Eu creio que ambiente onde alguma organização como a Máfia controle seja uma aproximação. Veja, a Máfia é uma instituição privada, com sua própria segurança privada e que resolve os seus conflitos sem a necessidade de ingerência estatal. Pode se contra-argumentar, talvez com outro texto do IMB, de que isso não tem pé nem cabeça e enumerar diversos argumentos intelectuais sobre a eficiência dos entes privados e pode ser que eles façam sentido.

            Porém, parece que a realidade é que nunca vivenciamos, talvez apenas nos primórdios de nossa civilização, uma situação onde a violência não fosse monopolizada por um ente Estatal, e mais recentemente por um ente Estatal que deve obedecer a certos princípios (sim, os direitos humanos). Logo, todos os argumentos por melhores que possam ser (e eu não os acho bons, pelo menos no que toca a esse ponto do anarcocapitalismo) são apenas construções intelectuais. O pior são construções intelectuais não em Física ou Matemática, o que poderia nos fornecer algum grau de certeza, mas sim sobre o comportamento humano e sobre o homem com suas diversas falhas, contradições, etc.

            Sendo assim, acreditar no anarcocapitalismo, que pode ser a melhor solução (apesar de não concordar), é basicamente um ato de fé, nesse caso fé em idéias. Os anarquistas tradicionais do século 19 também defendiam idéias e quando colocaram em prática todos os experimentos se revelaram fracassos retumbantes. Marx também  baseou a sua “modelagem” de sociedade em idéias, não necessariamente no sucesso de alguma experiência histórica bem sucedida.

            Algumas pessoas talvez estejam dispostas a dar esse “salto de fé” em algumas idéias. O perigo é acordar num mundo muito pior daquele que as pessoas reformaram, pois simplesmente é impossível prever o que poderia acontecer com os humanos numa situação como essa.  Eu não compartilho esse entusiasmo messiânico por ideias, principalmente àquelas relacionadas a modelagem de uma sociedade.

           É isso colegas, em outra reflexão vou abordar alguns artigos sobre os países escandinavos e a pretensa “farsa” de argumentos que atribuem o sucesso desses países a alguma medida Estatal , e ver, por meio de números, se essa ideia bem propagada no IMB se sustenta ou não.

            Abraço a todos!



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51 comentários :

  1. Anônimo19 de agosto de 2014 às 14:17

    Soul, Warren Buffet defende taxação maior para os ricos e cobrança de imposto sobre heranças.

    De modo geral, parece que os defensores do Estado Mínimo querem sonegar impostos e ao mesmo tempo usufruir das benesses da sociedade....

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    1. soulsurfer19 de agosto de 2014 às 16:24

      Olá, colega. Esse tema é para discussão para mais de metro. Tenho minhas convicções, mas admito que há muitos argumentos interessantes em sites como IMB.
      O foco desse artigo foi especificamente sobre a abolição completa do Estado.

      Abraço!

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    2. dimarcinho20 de agosto de 2014 às 04:50

      A questão da herança está atrelada a questão da meritocracia em sua essência, por isso sua defesa.

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    3. soulsurfer20 de agosto de 2014 às 14:18

      Sim, a questão das heranças é algo do ponto de vista das ideias polêmico.
      De um lado você tem o direito do indivíduo de dispor como quiser dos seus bens (inclusive deixar tudo para os seus herdeiros) e de outro a questão da meritocracia e de pontos de largada desiguais.
      O fato objetivo é que nos EUA as heranças podem ser tributados em 50%, e no Japão pode chegar a 70% (não tenho certeza desse número, mas sei que é bem alto).
      No Brasil a alíquota máxima é de 8%, e a maioria dos estados fixa em 4%, tendo alguns estados do nordeste alíquota de 2%.
      Por mim, quanto menor a alíquota melhor, mas eu creio que isso vai mudar no médio prazo, e pretendo escrever um artigo a respeito.

      Abraço!

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  2. Anônimo19 de agosto de 2014 às 16:05

    Os Anarcocapitalistas esquecem que 4% da humanidade são psicopatas/sociopatas. E esses sempre vão arrumar um jeito de organizar grupos sociais para poder se aproveitar (SEMPRE). Isso já mata toda a ideia deles.

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    1. soulsurfer19 de agosto de 2014 às 16:26

      Olá, colega.
      É um ponto para se refletir também.
      Abraço!

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  3. O Estagiário19 de agosto de 2014 às 16:32

    Como assim você não conhecia o anarco-capitalismo Soul?
    Hahahahaha
    Quando era adolescente este era um dos ideias que eu era focado, logicamente, de maneira mais filosófica.
    O quesito de estado mínimo é muito interessante e na minha concepção pode sim ser colocado em prática, contudo aos poucos e em locais extremamente pequenos.

    Agora, segurança e imparcialidade no momento de resolução de conflitos são coisas que só uma prática pode realmente dizer, se é ou não possível.

    Uta!

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    1. soulsurfer19 de agosto de 2014 às 17:03

      Olá, Estagiário!
      Eu conhecia o Estado Mínimo, e a ideia de pessoas como o Friedman que diziam que o Estado devia existir apenas para manter os contratos, bem como a segurança.
      Agora advogar a inexistência do Estado numa sociedade capitalista completamente privada, essa eu não conhecia! hehe

      Claro, lugares pequenos, onde há homogeneidade de riqueza, renda, tradições, pode ser um bom lugar para tentar-se algo parecido. Agora imaginar países com inúmeras etnias, com grandes distorções de renda, inúmeras tradições, sem um Estado parece-me apenas um ato de fé nas ideias intelectuais.

      Abraço!

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  4. soulsurfer19 de agosto de 2014 às 16:59

    Olá, André! Grato pelo comentário!

    Já conversamos sobre educação e saúde no seu blog, talvez eu precise de mais dados, mas a priori não sou convencido de que o Estado não deve ter uma função principal e a iniciativa privada secundária nessas áreas.

    1) Com certezas regiões menores são mais facilmente administradas. Há pessoas que dizem que não há um federalismo verdadeiro no Brasil, já que a União centraliza quase tudo. Eu tendo a concordar, acho apenas que na atual conjuntura do Brasil estamos longes disso. Em outros lugares, não saberia opinar;

    2) Sim, uns meses atrás quando tive uma discussão saudável em outro site, falaram do índice de liberdade econômica. Concordo que quanto mais livre economicamente, mais dinâmica essa sociedade tende a ser, o que é boa coisa. Porém, ao olhar e comparar os dados, eu vi que os países escandinavos tinha boa classificação no índice de liberdade econômica, mas não eram os primeiros. Porém, os países escandinavos são os primeiros em IDH e em índices de felicidade. Portanto, parece que há algo além apenas da liberdade econômica (o que é importante, mas talvez não seja único) para se ter sociedades mais saudáveis e felizes.

    Abração!

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  5. Anônimo19 de agosto de 2014 às 18:09

    Eu gosto muito do site do IMB, principalmente dos artigos do Leandro. Mas eu não consigo conceber um mundo sem estado.
    Eu entro no IMB, leio os artigos sobre economia e as discussões no comentários, vez ou outra participo.
    Mas quando se trata de temas ligados ao anarcocapitalismo eu deixei de ler e de comentar. A galera é muito radical. E já tinha notado que eles argumentam usando artigos do próprio site como referência.
    Eu sou tão favor a favor da liberdade econômica quanto sou a favor do estado prestar serviços básico como o de segurança e justiça. Sou a favor de que haja um rede de proteção social básica para os mais pobre e para os incapazes.
    Acho que os estados atuais são disfuncionais e atrapalham o desenvolvimento da sociedade.
    Na minha opinião saúde e educação deveriam ficar a cargo setor privado, mas o estado subsidiando tanto a educação para os mais pobres, quanto os tratamentos de doenças que custam muito caro.
    Eu sou contra impostos sobre propriedade e sobre o lucro das empresas. Mas sou a favor de impostos progressivos sobre as rendas de pessoas físicas.
    Impostos sobre produção e consumo deveriam ser o mínimo, taxando de forma diferenciada setores de bebidas, cigarros, drogas (sou a favor da liberação) e armas.
    Não acredito que seja possivel viver numa sociedade sem estado, sem um ente que detenha o monopólio da força. Mas o que tem que está estabelecido são as responsabilidade dos estado. O estado não deveria poder expandir suas funções. A visão progressistas de que existem gerações de direitos que se acumulam é uma visão equivocada que acaba por transforma o estado num senhor onde todos somos escravos, trabalhando para atingir os objetivos coletivos e não para buscar a felicidade e a satisfação individual.

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  6. Mr. Rover19 de agosto de 2014 às 19:30

    Fala soulsurfer

    Simplesmente a ideia não funciona. Pelo simples motivo da violência tornar-se a maneira de resolver qualquer tipo de questão. Voltariamos à idade média. A máfia, como foi dado como exemplo, é organizada, mas eles resolvem seus problemas com violência.

    Enquanto lia seu artigo, ia me lembrando do Canadá. Longe de ser uma sociedade perfeita. Mas dos países desenvolvidos que já tive oportunidade de botar meus pés, é o lugar onde menos o governo controla a vida das pessoas e mesmo assim consegue uma sociedade onde tudo funciona com regras.

    Gosto de pensar sobre isso também indo mais longe, imaginando uma civilização extraterrestre onde algumas das coisas negativas da humanidade não estão presentes, como a cobiça, ganância, etc. Fico viajando na ideia. Talvez sem um estado, mas com um bom senso de coletividade, poderia funcionar. Onde cada indivíduo produz para o bem maior de todos.

    O capitalismo só funciona quando há regras. E onde há a meritocracia.

    Abs

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    1. soulsurfer20 de agosto de 2014 às 14:27

      Olá, Rover. Exatamente. A probabilidade de se degenerar em violência do mais poderoso contra o mais fraco é imensa. Isso acontece com o Estado, mas creio que sem o Estado a coisa pode ser muito pior.

      Então, não conheço muito a estrutura do Canadá, mas lá a saúde é pública. O Estado não deve se meter na vida das pessoas, e nisso concordo, porém talvez aja algumas áreas que a presença estatal seja importante, mesmo o Estado possuindo diversos problemas.

      É, Rover, mas nós somos humanos com nossas virtudes e fraquezas, e temos que saber conviver com isso.

      Mudando de assunto, muito bons os seus artigos, estou lendo todos, continue o belo trabalho, vou depois ler o último "Low Profile".

      Abraço!

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  7. Economicamente Incorreto20 de agosto de 2014 às 04:32

    Soul,

    Tema bastante interessante. Eu não tenho muito embasamento teórico para discorrer sobre o tema muito profundamente, mas eu gostaria de dair meus pitacos.

    Na prática eu não acredito que seja possível de se estabelecer a ausência do estado, pelo menos não como entidade. Faz bastante sentido falarmos em estado mínimo, apenas para itens fundamentais como justiça, segurança e regulação (Ex. Agências), mas a ausência "completa" considero impossível.

    Segundo citado no texto, estes pontos poderiam ser privados, mas ao estabelecermos entidades independentes organizadas de maneira democrática, não teria o mesmo papel de estado? Veja um exemplo simples de um condomínio, é uma entidade privada, que elege um corpo diretivo privado para regular e gerenciar todos os aspectos do condomínio, na prática isso não é o estabelecimento de um "estado" privado?

    Em uma democracia, sempre haverá a necessidade de existigem orgãos independentes para o controle de certos pontos, portanto na prática está se estabelecendo um estado (seja privado ou não).

    Meu ponto é que os governantes, em um regime democrático, nada mais são que extensões da sociedade que os elegeu. Portanto, sendo de capital privado ou estatal, haverá sempre a necessidade de existir um "estado" para gerenciar aspectos da sociedade e garantir que interesses não prevaleçam sobre os direitos.

    Agora, existem estados e estados, um estado inchado, ineficiente e assistencialista como o que temos, considero absolutamente desnecessário.

    Abraços

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    1. Anônimo20 de agosto de 2014 às 05:11

      EI, o estado poderia incentivar as laqueaduras e vasectomias entre a população mais carente e diminuir o Bolsa família, inventado pelo P$DB. Certamente diminuiria o assistencialismo em alguns anos.

      No entanto, TODOS os países precisam de POBRES que aceitam ganhar pouco por serviço insalubres, braçais, mecânicos. Se diminuir o número de pobres no Brasil, perderemos o atrativo para muitas empresas invesitrem aqui. O Canadá precisa de imigrantes, a Alemanha está com falta de trabalhadores braçais, os salários estão aumentando....

      Podemos traçar estratégias para mandar dinheiro a algum paraíso fiscal e curtir a vida debaixo do Sol do Caribe, ali existe um estado mínimo ....

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    2. Economicamente Incorreto20 de agosto de 2014 às 07:02

      Anonimo 09:11,

      Acho que há algum equivoco na sua interpretação sobre meu comentário, desta forma vou responder ponto a ponto.

      Minha crítica não foi ao governo assistencialista, mas ao estado assistencialista, o que extrapola a visão de governo ou partido que está no poder. Incentivar laqueaduras ou vasectomias não me parece solução para diminuição da pobreza, muito menos para a diminuição do assistencialismo. A diminuição do assistencialismo passa por dar mais condições para camadas mais pobres da população se desenvolverem e com isso dependerem menos da assistência do estado. Mas este tema é bem complexo e não pode ser esgotado em um parágrafo.

      Com relação aos países precisarem de pessoas para os trabalhos braçais, faz certo sentido, mas quanto mais qualificada a força de trabalho, maior o valor agregado daquilo que é produzido pelo pais. Dada a desigualdade que temos, nossa preocupação não deveria, como você dá a entender no comentário, garantir que tenhamos "pobres" para os serviços braçais, mas lutar para diminuir a desigualdade através da qualificação e consequentemente colocando esta camada da população para produzir itens de maior valor agregado. Se um dia faltar gente para os trabalhos mais braçais (na situação que estamos vai demorar muito), penso que seja um problema bom de ser resolvido.

      Com relação a viver em um paraíso fiscal, não me parece a melhor solução, pelo menos para mim, mas eu ficaria muito (mas muito) satisfeito se tivéssemos um estado mais enxuto e eficiente, que pelo menos aproveitasse melhor o caminhão de dinheiro que pagamos em impostos.

      Abraços

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    3. Anônimo20 de agosto de 2014 às 09:45

      Seus argumentos foram bons, EI. Não há muito sentido em haver uma máquina estatal gigantesca que cobre impostos altíssimos, mesmo se houver excelentes serviços públicos. Há sempre o risco de a classe mais abastada levar seu dinheiro para onde é cobrado menos imposto.



      Mas se pensarmos no Brasil especificamente, Infelizmente, com o baixo nível educacional dos brasileiros e com o baixíssimo nível de nossos deputados e senadores, é complicado imaginar um salto de excelência num futuro próximo. O Estado ainda terá de ser assistencialista e dar comida, sob pena de correr o risco de haver diversos problemas sociais.Como epidemias de doenças graves.A tuberculose se espalhou em algumas favelas, aqui no Rio com grande número de casos.

      Se uma pessoa não se alimenta bem, seu sistema imunológico não funciona direito. Com isso, ela se torna um vetor ambulante de doenças que atacaram todas as classes. É complicado diminuir o assistencialismo agora.Toda população pode ser atingida, vide a Dengue.

      Para que essas pessoas se qualifiquem é preciso que haja escola gratuita de qualidade. Isso exige bons professores que sejam atraídos por excelentes salários. De novo o Estado vai ter de pegar mais impostos para pagar esses profissionais e construir as escolas.

      Em relação a trabalhos braçais, países como Japão, Eua, Alemanha,França tiveram de importar "pobres "para que se sujeitassem a trabalhos penosos. Os dekasséguis brasileiros, os mexicanos, os portugueses , espanhóis e argelinos foram ser cidadãos de segunda classe nos países citados.


      Por último, acho que juntar um capital pelos próximos 15 anos e enviar a um paraíso fiscal vai ser mais rápido do que imaginar nosso país com uma excelente qualidade de vida para mais de 80% da população.

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    4. soulsurfer20 de agosto de 2014 às 14:24

      Olá, Anônimo e EI.
      Bela discussão.

      EI, eu concordo contigo. Precisamos de um Estado mais eficiente, a eficiência levará talvez a um Estado mais enxuto.
      Porém, eu concordo com o Anônimo que em algumas áreas é vital a presença do Estado, principalmente devido as grandes disparidades que ainda acontecem.
      Talvez o Estado nessas áreas mais carentes pudesse ser uma força secundária da iniciativa privada. Eu gosto muito da ideia de empreendedorismo social, empresas criadas não tendo o lucro como finalidade principal, mas sim a resolução de um problema. O lucro é o mecanismo para que elas se mantenham auto-suficientes (por isso se diferencia de ONGs), mas não é o motivo principal da existência.
      Há belos exemplos no mundo de grande sucesso.
      O Yunus (criador do branco Grameen) possui muitas casos de empresas sociais muito interessantes. Se te interessar, recomendo estudar um pouco as ideias desse senhor.

      Abraço!

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  8. dimarcinho20 de agosto de 2014 às 04:42

    Quais artigos deles comentam sobre as péssimas influências do Estado dos países escandinavos?

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    1. Anônimo20 de agosto de 2014 às 05:04

      Dimarcinho, eles argumentam que ALGUNS suecos são preguiçosos....

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    2. soulsurfer20 de agosto de 2014 às 14:07

      Olá, Márcio.
      Pelo que percebi quando se fala do modelo escandinavo (se é que esse modelo existe), a linha de argumentação é de que esses países possuem altos índices de IDH, felicidade, educação, renda, etc, apesar da existência de um Estado em algumas áreas específicas, dando a entender que sem um Estado fornecedor de educação e saúde, os países escandinavos estariam muito melhores.

      Abraço!

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    3. Anônimo21 de agosto de 2014 às 00:54

      O ESTADO dos países nórdicos (que na verdade, 3 paisezinhos no meio de 246 países pelo critério ISO), com exceção da Noruega, NÃO tem poder econômico forte o suficiente para interferir significativamente na economia.


      CSS é um índice que mede o grau de penetração do governo na economia.

      O artigo está aqui: http://search.oecd.org/officialdocuments/publicdisplaydocumentpdf/?cote=TAD/TC/WP(2012)10/FINAL&docLanguage=En


      Os 10 paises com maior CSS tem um IDH médio de 0,671.
      Os 10 paises com menor CSS tem um IDH médio de 0,903.

      A diferença das médias é significativa pelo teste de Mann-Whitney (p=0.02) (fiz testes não paramétricos, porque os dados não eram gauseanos).

      O único pais escandinavo com o CSS realmente alto é a Noruega, mas é uma exceção que merece estudo detalhado, sendo um ponto fora da curva.

      Ainda sim, o CSS da Noruega é **MENOR** que o do Brasil!

      Só pra comparação: o CSS da Finlandia e Suécia são apenas moderados: 15 e 18, respectivamente. São CSS menores que os da França, por exemplo e nada comparáveis com o índice de 95.9 da China, 81.1 da Russia e 49.9 do Brasil.

      Interessante, né? O Brasil tem um CSS que é mais que o dobro da Finlândia e da Suécia. E esses países são sempre lembrados como países fortemente estatizados.

      Lembro que a Dinamarca, apesar de não ser escandinavo, é um pais nórdico relacionado a eles, com CSS de 0.

      Por fim, ninguém é contra políticas que promovam a redução da desigualdade, desde que não sejam demagógicas. E é sempre importante lembrar: tais políticas PODEM ser implementadas MESMO considerando uma sociedade não-estatal/estatizada.

      Por exemplo: países sem muita desigualdade como a Dinamarca, a Suiça e a Holanda tem CSS de 0. Em outras palavras: nesses paises, existe uma sociedade sem muitas desigualdades, sem que o estado seja ou tenha sido um forte interventor econômico.

      Ninguém precisa defender a existência de um estado Leviathan perdulário que se apropria 50% da riqueza nacional para promover a igualdade social.

      RESUMO: Paises com governo MENOS intervencionistas na economia tem MAIORES GRAUS de igualdade e MELHORES índices de qualidade de vida (IDH)


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    4. soulsurfer21 de agosto de 2014 às 04:46

      Olá, grato.
      Primeiramente, obrigado pela bem fundamentada contribuição. Já baixei o paper indicado, mas como é extenso vou deixar para ler em outra oportunidade. Permita-me, porém, algumas observações:

      a) O Paper, bem como esse índice "CSS" são relativos a participação direta do Estado na economia por meio de empresas, o que é algo bem diferente da quantidade de dinheiro que o Estado "drena" da economia;
      b) Por exemplo, a Dinamarca, dita expressamente por você, possui um CSS de 0, mas uma tributação equivalente a 49% do PIB. Ou seja, metade da riqueza produzida vai transitar pelo Estado.
      c) Portanto, creio que são questões diversas. O tópico do artigo foi a ideia de inexistência de Estado, algo que aparentemente pelo teor do seu argumento você também não concorda;
      d) Os comentários subsequentes, por seu turno, falaram sobre Estado Mínimo, e indiretamente sobre se educação e saúde deveriam ser funções assumidas pelo Estado. O paper disponibilizado não trata dessa questão, longe disso.
      e) Sobre uma intervenção do Estado na economia com empresas, realmente tenho certo ceticismo, na linha da sua argumentação.

      Abraço!

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    5. dimarcinho22 de agosto de 2014 às 09:44

      Pois é, o dados que o amigo trouxe só comprovam que o problema não é o Estado em si.

      Já tivemos sociedades praticametne sem estado. Uma ótima é o clássico Velho Oeste americano.

      Outro local em cada esquina: natureza. Não há regras, apenas convivência e lei do mais forte. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

      Uma sociedade sem um Estado para garantir o mínimo de proteção aos mais fracos, inevitavelmente, será reinada pelos mais fortes.

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    6. soulsurfer22 de agosto de 2014 às 13:53

      Olá, Márcio!
      Lá no IMB também tem artigos sobre o "mito" do velho-oeste americano, e que aparentemente não era tão cruel assim. Ainda vou ler esses artigos, mas o pessoal lá parece que tem habilidade para falar sobre absolutamente tudo, e encaixar todos os contextos em alguma teoria da escola austríaca.

      Abraço!

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  9. Anônimo20 de agosto de 2014 às 06:31

    Ninguém quer pagar imposto, mas se tiver um acidente na rua e for salvo por um hospital público não vai reclamar por estar vivo...

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    1. Investidor Livre20 de agosto de 2014 às 09:00

      KKKKKKKKKKKKK

      É piada isso né? Salvo por um hospital público? É mais fácil você morrer mais rápido nele.

      Abraços.

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    2. soulsurfer20 de agosto de 2014 às 14:09

      Olá, IL e anônimo.
      No Brasil, há, por incrível que pareça, centro de excelências dentro do SUS, mas o sistema como um todo é ruim. Há países com atendimentos públicos bem melhores. É claro se compararmos com atendimentos de hospitais caros, muito provavelmente estes serão melhores. A grande questão é que se a saúde da população deve ser apenas um assunto privado, como fabricar celular. Tem gente que acha que sim, eu tenho as minhas dúvidas.

      Abraço!

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  10. Galo da Comarca20 de agosto de 2014 às 06:34

    Pensei a respeito de problemas envolvendo teoria dos jogos, onde se cada um fizer sua parte todos ganham, mas se alguem nao fizer sua parte todos perdem. Estes geralmente não serao solucionados, pois a falta de confiança em que o outro realizara sua parte prevalecerá. Logo acho que o mais provavel no caso do desaparecimento do "estado" , seria uma instituição com o tempo tornar-se muito poderosa e reguladora, criando um novo "estado", que trataria desta categoria de problemas. Logo, iriamos só perder tempo na historia com essa experiencia, voltando a uma realidade similar a de hoje. Estado minimo acho uma boa ideia. Organização em estados menores também

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    1. soulsurfer20 de agosto de 2014 às 14:15

      Olá, Galo da Comarca!
      Concordo contigo na primeira parte do raciocínio.
      Na segunda de Estado Mínimo, precisaríamos definir quais seriam as atribuições desse Estado para eu me sentir mais confortável em saber se concordo ou não.

      Abraço!

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  11. Investidor Livre20 de agosto de 2014 às 08:56

    Soulsurfer,

    O Estado é um PESO na vida de qualquer cidadão. Sou 100% a favor do Estado mínimo. O Estado não tem que ser babá de ninguém. É cada um por si e ponto final.

    Abraços.

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    1. Anônimo20 de agosto de 2014 às 09:49

      É mais fácil ficarmos todos ricos em 12 anos e ir morar em paraísos fiscais. O Estado sempre será um peso muito grande para quem ganha menos. Por outro lado, aqueles com mais recursos, investidores em geral, podem mandar dinheiro para as Ilhas Cayman e curtir o Caribe.


      No EUA, onde o Ayn Rand e Mises são adorados, a carga tributária é maior que 20% e quem não paga imposto vai em cana....

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    2. Anônimo20 de agosto de 2014 às 09:50

      IL, vc quer que as velhinhas pobres tenham suas aposentadorias cortadas?

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    3. soulsurfer20 de agosto de 2014 às 14:13

      Olá, IL.
      A discussão do Estado Mínimo é bem conhecida, o que eu discuti nesse artigo foi a inexistência de qualquer Estado, o que é algo bem diverso.

      Anônimo,
      Sim, a quantidade de dinheiro em paraísos fiscais é assustadora. Se tiver interesse na questão, acesse http://www.icij.org/ (internacional consortium of investigative journalists). Ano passado (ou em 2012), eles liberaram um documento com o nome de vários figurões com muito dinheiro em paraísos fiscais, foi o maior trabalho investigativo da história sobre o tema.

      Abraço!

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    4. dimarcinho22 de agosto de 2014 às 09:52

      Cash is king!

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    5. soulsurfer22 de agosto de 2014 às 13:56

      Não só o dinheiro é rei, como um dinheiro "sem rastro" é estratégico para financiar grupos armados, oposições políticas, etc, etc.

      Abraço!

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  12. Anônimo20 de agosto de 2014 às 10:30

    Fala Soul,
    Só para confirmar foi tu mesmo que me mandou o e-mail, certo?
    Só vi ontem de noite.
    Abraço
    Green Future

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    1. soulsurfer20 de agosto de 2014 às 14:13

      Olá, Green.
      Fui eu mesmo.

      Abraço!

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  13. Anônimo20 de agosto de 2014 às 18:26

    Gosto dos seus artigos mas esse foi ridículo...fugiu totalmente do contexto desse blog

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    1. soulsurfer20 de agosto de 2014 às 19:03

      Olá, colega.
      O contexto desse blog é ser um espaço onde eu possa escrever reflexões, relatos de viagens e meus conhecimentos, ainda que limitados sobre finanças.
      Abraço.

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  14. Anônimo20 de agosto de 2014 às 18:44

    Aff, isso é pensamento de estudante de ensino médio. Só seria viável numa sociedade pré-histórica com monges castrados ou índios que não tem noção de posse ou no "céu" onde não lide.
    Aconteceria uma insegurança jurídica total, imagina só nos dias de hj como seriam os serviços públicos sem regulação estatal.

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    1. soulsurfer20 de agosto de 2014 às 19:05

      Há pessoas bem inteligentes que pensam ser possível.
      Se elas estão corretas, difícil saber, pois não deixa de ser uma ideia que necessita uma certa dose de "fé".
      Abraço.

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    2. dimarcinho22 de agosto de 2014 às 09:55

      Quando se trata de Economia, inteligência é menor das variáveis... rs

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  15. Antonio20 de agosto de 2014 às 18:59

    E que tipo de empresas teríamos nesse capitalismo sem estado? s.a aberta? Imagina como seria a bolsa sem a CVM que é uma autarquia.
    Quem iria interferir nos cartéis, dumping, truste etc???

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    1. soulsurfer20 de agosto de 2014 às 19:04

      Olá, colega.
      Se tiver vontade de saber as respostas das pessoas que pensam assim, sugiro ler os artigos do IMB no link disponibilizado.
      Abraço!

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  16. soulsurfer22 de agosto de 2014 às 13:55

    Olá,colega. Não tinha visto o seu comentário.
    Grato pela contribuição e creio que foram levantados pontos bem relevantes.
    Os paraísos fiscais é algo que existe pouquíssima coisa escrita, vou tentar ler mais sobre o assunto.

    Abraço!

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  17. Ricardo Gomes24 de agosto de 2014 às 16:49

    Soul,

    Essas idéias, assim como a do socialismo de marx tem muito romantismo do pessoal que compra sem se preparar para entender no que está se metendo e canalhice dos caras que lavam os cérebros desse primeiro grupo.

    Agora, tem uma observação interessante no que eu li nos comentários:

    - As pessoas realmente acreditam que meritocracia mede valor no sistema capitalista. E isso não é verdade.

    - Valor no capitalismo está intimamente ligado a utilidade, nais precisamente o conceito econômico de utilidade, Tanto de bens como de pessoas.

    Ex: O meu professor de física da escola tem mais mérito do que o Neymar, agora, o Neymar tem mais utilidade no sistema do que o meu professor, por isso ganha o que ganha.

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    1. soulsurfer24 de agosto de 2014 às 18:51

      Olá Ricardo! Bacana ver você por aqui:)
      Olha, ótimas colocações.
      Eu iria mais longe, a própria questão de mérito pode ser questionada, se pensarmos que boa parte de nossas habilidades podem ter um componente genético.
      Qual é o mérito de uma pessoa bonita em conseguir um melhor salário (e há várias pesquisas que mostram que pessoas atraentes ganham mais)?
      Isso sem falar no exemplo que você deu. Por falar em física, me deu vontade de falar sobre esse assunto que gosto bastante. Vou escrever algum artigo sobre cosmologia.

      Abraço!

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    2. Ricardo Gomes25 de agosto de 2014 às 06:13

      Pois é, Soul.

      Agora, fica claro que a pessoa bonita consegue ganhar mais porque o mercado de fatores paga mais, logo vê mais utilidade, na pessoa bonita. Claro que aqui, entre fatores objetivos como percepções subjetivas.

      Isso fica bem claro em bens: Por que 1 KG de satélite é muito mais caro do 1 KG de arroz? Simples, a sociedade em si vê mais utilidade em no KG de satélite.

      Ironicamente, esse mecanismo precede o que conhecemos como capitalismo, sempre andou lado a lado com a civilização humana. Você já viu estatuas antigas de GREGOS feios para a época? :)

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    3. soulsurfer25 de agosto de 2014 às 11:15

      Claro, sobre a questão das estátuas, e isso deve estar associado com a nossa própria evolução enquanto espécie, pois pessoas mais simétricas tendem a ser mais saudáveis.
      Ontem vi um documentário excepcional e se chamava "o que nos torna humanos?", foi uma viagem fascinante pelo nosso cérebro e a nossa evolução enquanto espécie.
      Uma das conclusões dos cientistas é que apesar da grande semelhança com os Chipanzés, nos temos uma capacidade muito maior do que eles para colaborar sem fins egoísticos. Os primatas conseguem cooperar para atingir objetivos, mas eles não conseguem cooperar sem que interesses seus não estejam em jogo. Eu achei isso sensacional, e vai completamente de encontro a ideologia messiânica exposta em alguns artigos no IMB, como se a cooperação com fins egoísticos fosse o natural no ser humano, e talvez a nossa capacidade de ir além disso é o que nos torna humanos.

      Abraço!

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  18. Anônimo2 de setembro de 2014 às 02:47

    O melhor deste portal é mesmo o Leandro Roque. Quando descamba pro anarcocapitalismo, que não foi defendido por Mises nem Hayek, pais da Escola Austríaca, o portal perde sua beleza.

    O melhor que eles tem a argumentar contra a existência do Estado é "a Islândia da idade medieval" e "as pujantes favelas da Somália, onde o Estado não entra e, por isso, a economia é livre".

    Procure ler os comentários abaixo dos artigos. É um show de horrores, um bestiário da pior espécie.

    João José = JJ

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    1. soulsurfer3 de setembro de 2014 às 03:28

      Olá, colega. São os comentários que mais assustam mesmo.
      Eu também gosto dos artigos do Leandro Roque.
      Grato pelo comentário.
      Abraço!

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